Ser simples e fugir do clichê é o objetivo de todo designer editorial que trabalha com jornal, revistas ou produtos informativos. Quando se alcança essas 2 características o trabalho fica excelente, uma prova disso é a capa da Revista Época dessa semana, que claro, fala da morte de Bin Laden.
Enquanto todas as revistas traziam na capa, foto do terrorista e a "comemoração" pela morte do mesmo, a Época resolveu questionar, será mesmo que a morte dele é o fim?
A partir dai foi construída a ideia que utilizou um papel amassado com a foto de Osama como elemento principal. Ótima sacada! O papel amassado sintetiza bem o momento e o que a Revista quer passar, você jogar o papel no lixo é sim, jogar algo fora, se livrar do que não presta, mas não é necessariamente o fim. O papel pode ser retirado do lixo, desamassado, utilizado novamente para outro fim ou para o mesmo fim só que de forma diferente, sem contar que o problema está em "rabisca" o papel, ou seja, amassar o papel é agir na consequência de um problema e não na causa.
Assim vemos o quanto o simples é significativo e completo, não foi necessário grandes manipulações na imagem, filtros, brushes, efeitos de cor, mesclagem de camadas para fazer ma boa capa, foi preciso antes de tudo uma boa ideia e muito conhecimento em design, que misturados na dose certa, formam trabalhos como esse
Outra capa que me chamou atenção pela simplicidade foi da Revista Playboy da Holanda. Uma foto de um boca, lábios carnudos, rosados, uma clara referência ao órgão sexual feminino, só que nada vulgar, esteticamente atraente, eu quando vi a capa, automaticamente fiz biquinho, foi incontrolável. Um forma diferente e leve de representar algo socialmente vulgar e proibido de ser mostrado na sua forma real, assim, abertamente (sem trocadilhos).
